Atelier Denise Barros

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A suspensão do corpo e a busca da matéria na Terra, no vermelho, no azul

O lado de dentro do corpo – O interesse em compreender a parte interna do corpo humano, levou Denise de Barros ao ofício de instrumentadora. A memória dos procedimentos cirúrgicos acompanhados na década de 1990 inspirou a produção dos trabalhos selecionados para a exposição “A suspensão do corpo e a busca da matéria na Terra, no vermelho, no azul”. A artista propõe um estudo sobre a interpretação poética do corpo humano, materializada pelo resgate da memória dos estímulos visuais e táteis experimentados no contato com a anatomia do corpo em cirurgias oncológicas. “É um resgate das sensações ao lidar com os corpos. Trato deles desde o momento em que entram em cirurgia (terra), depois pelo ato da cirurgia (vermelho) até que cheguem a um estado sublime, que é a fase azul de meu trabalho.”

Denise busca apresentar a composição harmoniosa e complementar entre o repertório de relações sensoriais e cognitivas com as linguagens poéticas, expondo as essências do corpo humano através de elementos plásticos e visuais, que permeiam a criação artística das organicidades do interior do corpo humano. Ela acrescenta que sempre explorou a gestualidade do corpo em esculturas. “Mas não há suporte escultórico para representar a gestualidade, as ramificações, as camadas, enfim toda a organicidade interna do corpo, daí a importância da monotipia”, declara.

Serviço
Exposições
“Retratos, Memória e Identidade: uma aproximação entre a monotipia e a fotografia”, de Juliana Bender.
“A suspensão do corpo e a busca da matéria na Terra, no vermelho, no azul”, de Denise Barros
Até 11 de agosto
Galeria de Arte da Unicamp
Das 9 às 17 horas

http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/2009/08/11/artistas-compartilham-espaco-da-galeria-para-mostra-e-defesa

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